quarta-feira, 18 de agosto de 2010

EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO

Os fiscais do Conselho Regional de Educação Física (Cref-RS) autuaram ontem uma fisioterapeuta estabelecida no bairro Ipanema, na zona Sul de Porto Alegre, por exercício ilegal da profissão. Ela foi flagrada aplicando atividades de condicionamento físico. Para comprovar a irregularidade, o presidente da entidade, Eduardo Merino, agendou horário na clínica de fisioterapia e manifestou interesse em qualificar o físico, com ênfase para a recuperação da força. "A tarefa do fisioterapeuta é trabalhar nas lesões instaladas e a do profissional de Educação Física, na prevenção."

No momento em que os fiscais ingressaram no estabelecimento, Merino estava participando de uma aula experimental. Ao receber o auto de infração, a fisioterapeuta disse que desconhecia o impedimento de vir a oferecer fitness aos clientes por meio do planejamento e da execução de programas de atividade física voltados ao condicionamento físico. "Fiz dois cursos de especialização e, nos dois, recebi as orientações sobre as atividades que poderia realizar", justificou.

A fisioterapeuta salientou que está apta a fazer um trabalho de reforço muscular dos pacientes que a procuram, sempre com uma prescrição médica. Merino, no entanto, agendou uma sessão de fitness por telefone e não apresentou a ela diagnóstico de problemas de saúde. "Estou sadio. E antes de me submeter a uma aula experimental fiz exercícios físicos em uma academia", acrescentou o presidente do Cref-RS, destacando que situações como essa, flagrada ontem, acontecem com frequência em todo o Estado.

Merino faz um apelo para que as pessoas somente realizem suas atividades físicas com profissionais da Educação Física. "Do contrário, ao invés de encontrar uma solução, podem estar prestes a se deparar com um problema", advertiu. Os fiscais da entidade realizam, em média, 400 inspeções mensais em academias, em clubes e em espaços que prestam serviços relacionados com atividades físicas no Rio Grande do Sul. "Mais de 50% apresentam algum tipo de irregularidade, com ênfase para a falta de um responsável técnico", disse a chefe de Fiscalização, Fernanda Pinto.

Fonte: http://www.cref2rs.org.br

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